Enquanto muitos de nós dedicamos horas a trabalhos manuais e repetitivos, a inteligência artificial está pavimentando seu caminho nas artes, reformulando a forma como consumimos e criamos música. Comecei a testar o UDIO, um serviço revolucionário de IA que compõe músicas a partir de simples prompts.
Fiz um testezinho inspirado no punk (sex pistols, clash, dead Kennedys com uma pegada JoyDivision new wave).
O som a seguir foi gerado por IA com base em prompts (a letra eu fiz).
A indústria musical, ao longo dos anos, parece ter seguido uma fórmula cada vez mais previsível, com muitas canções soando quase idênticas entre si. Nesse contexto, a IA não está apenas entrando em cena; ela está definindo uma nova cena. Essa transformação vai ser acelerado, assumindo a tarefa de produzir aquelas faixas “genéricas” que tanto ouvimos no rádio ou nos ambientes comerciais. Talvez cada um produza seus próprios sons e tenha suas próprios álbuns, mas divago…
E agora, o que muda além da música?
Mas o impacto vai além. Produtoras, locutores, e toda a indústria terão que se reinventar. A IA demanda uma nova abordagem em várias frentes do setor musical. A tecnologia está aqui para desafiar o status quo, empurrando os limites do que é criativo e do que é produção em massa.
Entretanto, é crucial reconhecer os limites dessa nova ferramenta. Clássicos imortalizados por bandas como The Beatles, Rush e Queen carregam uma essência humana irreplicável. Nenhuma IA vai substituir as letras do Chico, a genialidade de Tom ou a voz da Eliz. Essas obras permanecem como testemunho do irredutível espírito criativo humano.
Mas, sim: a IA pode produzir a trilha sonora do seu elevador ou a próxima música pop que será esquecida em semanas. Mas a alma da música, aquela que ressoa através de gerações, continua a ser uma arte profundamente humana.
PS: segue um bolero que fiz em homenagem a um bar aqui de POA, El Aguante.